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sábado, 26 de dezembro de 2009

VER...

Durante as novenas de Natal realizadas pelo grupo Jovens a Caminho-PJMP, onde aproximadamente 30 jovens estão se preparando para receber o Sacramento do Crisma, pudemos refletir sobre algumas questões gritantes deste nosso mundo.
Em primeiro momento, pensamos no gesto concreto de sempre: cesta básica para uma família. Das conversas repetidas sobre o assunto, levamos a reflexão dos motivos pelos quais tantas famílias necessitam da assistência dos noveneiros... E rumando para as raízes das coisas, muitos dos jovens deste grupo observaram que as famílias que necessitam de alimentos não necessitam deles apenas em dezembro e que não podem ficar a mercê da bioa vontade dos outros para se alimentarem. É preciso também, garantir a estas famílias condições para que elas próprias consigam prover seus alimentos. E para tanto, pensamos concretamente, em cadastrar as famílias em um banco de dados empregatícios...

Posto aqui pelo fato de que podemos extender esta idéia para demais grupos de jovens de nossa Forania Santa Maria, o Banco consiste em cadastrar desempregados, suas habilidades profissionais, contatos pessoais entre outros e expor em nossas comunidades, escolas e supermercados. Os cadastros, em locais de grande circulação de pessoas são bons elementos para darmos oportunidades de trabalho a quem necessita.

Outro ponto que venho partilhar, é o momento da própria ação assistencialista, que não resolve o problema pelas raízes, apresenta-se como medida paleativa (e por isso mesmo os governos não resolvem os problemas, pois necessitam das pessoas dependentes deles) e ainda, momento que surpreendeu-me bastante. Ao sairmos para entregar as três cestas que montamos, aprendemos muito e ainda, aprendi a nunca subestimar a visão das pessoas simples, sem estudo.

Na primeira casa, o esposo da senhora que havia feito o pedido da cesta básica, deu-nos lições de vida, de perseverança e de crença no projeto de Jesus Cristo, mesmo que não tenha mencionado nada disso... 64 anos, ainda não conseguiu aposentar-se, sofreu na tentativa tendo encontrado um problema com picaretas da empresa em que trabalhava, e que, enfim, atrasaram seu processo, faz bicos e mais bicos, vende sucata, garrafas pet, que enfatizou o kg valer hoje 20 centavos, e para complementar a renda, tira linha de roupas junto aos acabamentos de facções tão presentes no nosso Bairro Goiá. O senhor espera que ano que vem, quando completa 65 anos, aposente-se. E disse, 'se dessa vez eu não conseguir, aí não dá mais, porque já é direito mesmo, e não vou mais esperar, vou atras disso, não somos cachorros'... Logo seguindo a conversa, contou-nos da dificuldade de no fim do ano fazer orçamentos das contas, pois 'no dezembro, esse povo pra lá enfeita a cidade, enche ela de luzes e a conta de luz daqui fica muito mais cara'. Seguindo ainda, num ponto mais adiante da conversa, disse que quer vender sei lote, e aguardará um pouco mais a valorização do terreno, pois a Av. Leste Oeste que está sendo construída valorizará o local, disse que sonha em comprar um pedacinho de terra, pois nela 'com um quiabo e suas sementes poderá colher uns 100 e ajudar aqueles que precisam'...

Daí, ao sair dali, fiquei pensativa... enquanto existem milhões de hectares de terras paradas em nosso país, ou daquelas que se plantam cana-de-açúcar ou soja, para alimentar automóveis ou gado na Europa, um Nobre Senhor, a eterna espera pela aposentadoria, ao 65 anos sonha em ter um pedacinho de terra para plantar e PARTILHAR o que plantou com aqueles que necessitam.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Formação...

Pessoas, fui convidada a participar da 5ª Etapa da Escola Flor do Cerrado, e pude participar de um magnífico encontro de CEB´s. Além da partilha dos momentos de espiritualidade, quero partilhar com vocês a urgencia que temos de contruir o Reino, e de cuidar dele.

Nesta etapa, debruçamo-nos sobre a temática do XII Intereclesial de CEB´s que teve por Tema: Do ventre da Terra o Grito que vem da Amazônia, pudemos formarno-mos ainda mais na necessidade que temos de cuidar da vida do planeja,cuidar de nossa Terra Mãe dada Por nosso Deus Pai. Assistimos ao filme "Home, nosso planeta nossa casa" que mostra a grandeza de Deus no cuidadoso projeto de criar a Terra que por nós vem sendo destruída.

É urgente a necessidade de refletirmos e agirmos em prol do cuidado com nossa vida e herança deixada por Deus. Que possamos neste ano que se inicia, incluir em nosso calendário forânico momentos de formação dentro desta temática.

Axé.
Abraço a todos, boas festas pra nós!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

É NATAL

As festas e as comemorações de Natal se aproximam, e é recorrente dizer que aumenta o espírito de fraternidade e comunhão entre as pessoas e que com tal chegada ficamos mais solidários. Isso pode ser fato, se acolhermos a boa notícia cheia de caridade e despida de todo egoísmo presente entre nós humanos, isto é, Jesus. É preciso tomar cuidado com nosso entusiasmo que muitas vezes herdamos e ainda preservamos de quando ainda éramos criança, pois ele pode ser apenas uma extensão de um marketing comercial.
É natal, e este promete ser um dos melhores dos últimos tempos, pois a CDL câmara de dirigentes lojistas já planejou como você irá gastar seu décimo terceiro salário neste ano. Não estou muito convencido e de acordo com as campanhas publicitárias, afinal elas dizem que é tempo de dar presentes, agradar quem você gosta, e estimular o afeto entre os irmãos.
Não irei dizer que não gosto de dar presentes, mas nunca fui de presentear alguém nas datas comemorativas, não sabia por que, mas nunca gostava. Talvez agora consiga enxergar um pouco mais e construir um argumento mais consistente, acontece que muitas vezes as datas comemorativas, principalmente as universais (Natal, Mães, Pais, Páscoa etc) elas escondem o verdadeiros sentido do que se comemora, o sentido é totalmente abafado pelo enfoque publicitário, e as pessoas são contagiadas pela possibilidade de ganhar um presente. Na verdade se se presenteia mais pela data do que por um significado, não importa muito o que a pessoa representa pra mim, mas a ação de presentear. Minha mãe às vezes diz, não é possível que não irei ganhar nenhum perfume neste Natal? É práxis entre várias famílias, e acontece muito de se lembrar do presente pela data, ex “ganhei esta bicicleta no Natal de 95”, o motivo de ganhar pouco importa.
Comemorar é essencial, é tornar evidente, celebrar e tornar celebre, mas perde o sentido quando o enfoque é desviado. As pessoas representam um valor em nossas vidas, e as lembramos na vida cotidiana, quantas vezes presenteie pessoas por assemelhar a pessoa ao presente, ver que o presente se combina tal pessoa, camisetas as minhas sobrinha (Maria Eduarda e Isabela, titio ama vocês), um livro a um amigo, CD, ou até mesmo uma mensagem de texto enviada a um amigo(a). Não conseguiria fazer isso por atacado, não teria dinheiro, ainda iria ter que selecionar pessoas, não seria muito leal com as pessoas de que gosto.
Essas situações contribuem para agravar um grande problema na vida social, que é um sincronismo, algo que já é característico da sociedade moderno-capitalista. A tendência no ocidente é que pessoas façam tudo na mesma hora, durmam, trabalhem, comprem prendas na mesma altura do ano, o Natal será sempre que as multinacionais quiserem. Nossas necessidades estão vendidas, nas mãos do marketing, o pior que nem sempre são necessidades, pois se comprássemos só o necessário gastaríamos pouco, e nos relacionaríamos mais, principalmente com quem mais precisa.
Há os que são iluminados por este espírito de Natal, por estarem nas calçadas cheias de luzes, são luzes que apenas ofuscam a realidade, e maravilhados não conseguimos ver. O espírito do Natal passa também por não calar estas verdades. Talvez com um pouco de esperança e atitude estas realidades mudem. Vale à pena rezar por isso!
A presença de Cristo irrompe nas trevas do mundo, do demônio e da carne para mostrar-nos que é o caminho a se seguir. Com sua luz nos mostra a verdade de nossa existência. Cristo é a vida que renova a natureza caída do homem e da natureza. O Natal deverá celebrar essa presença renovadora de Cristo que vem salvar cada um de nós.