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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

É NATAL

As festas e as comemorações de Natal se aproximam, e é recorrente dizer que aumenta o espírito de fraternidade e comunhão entre as pessoas e que com tal chegada ficamos mais solidários. Isso pode ser fato, se acolhermos a boa notícia cheia de caridade e despida de todo egoísmo presente entre nós humanos, isto é, Jesus. É preciso tomar cuidado com nosso entusiasmo que muitas vezes herdamos e ainda preservamos de quando ainda éramos criança, pois ele pode ser apenas uma extensão de um marketing comercial.
É natal, e este promete ser um dos melhores dos últimos tempos, pois a CDL câmara de dirigentes lojistas já planejou como você irá gastar seu décimo terceiro salário neste ano. Não estou muito convencido e de acordo com as campanhas publicitárias, afinal elas dizem que é tempo de dar presentes, agradar quem você gosta, e estimular o afeto entre os irmãos.
Não irei dizer que não gosto de dar presentes, mas nunca fui de presentear alguém nas datas comemorativas, não sabia por que, mas nunca gostava. Talvez agora consiga enxergar um pouco mais e construir um argumento mais consistente, acontece que muitas vezes as datas comemorativas, principalmente as universais (Natal, Mães, Pais, Páscoa etc) elas escondem o verdadeiros sentido do que se comemora, o sentido é totalmente abafado pelo enfoque publicitário, e as pessoas são contagiadas pela possibilidade de ganhar um presente. Na verdade se se presenteia mais pela data do que por um significado, não importa muito o que a pessoa representa pra mim, mas a ação de presentear. Minha mãe às vezes diz, não é possível que não irei ganhar nenhum perfume neste Natal? É práxis entre várias famílias, e acontece muito de se lembrar do presente pela data, ex “ganhei esta bicicleta no Natal de 95”, o motivo de ganhar pouco importa.
Comemorar é essencial, é tornar evidente, celebrar e tornar celebre, mas perde o sentido quando o enfoque é desviado. As pessoas representam um valor em nossas vidas, e as lembramos na vida cotidiana, quantas vezes presenteie pessoas por assemelhar a pessoa ao presente, ver que o presente se combina tal pessoa, camisetas as minhas sobrinha (Maria Eduarda e Isabela, titio ama vocês), um livro a um amigo, CD, ou até mesmo uma mensagem de texto enviada a um amigo(a). Não conseguiria fazer isso por atacado, não teria dinheiro, ainda iria ter que selecionar pessoas, não seria muito leal com as pessoas de que gosto.
Essas situações contribuem para agravar um grande problema na vida social, que é um sincronismo, algo que já é característico da sociedade moderno-capitalista. A tendência no ocidente é que pessoas façam tudo na mesma hora, durmam, trabalhem, comprem prendas na mesma altura do ano, o Natal será sempre que as multinacionais quiserem. Nossas necessidades estão vendidas, nas mãos do marketing, o pior que nem sempre são necessidades, pois se comprássemos só o necessário gastaríamos pouco, e nos relacionaríamos mais, principalmente com quem mais precisa.
Há os que são iluminados por este espírito de Natal, por estarem nas calçadas cheias de luzes, são luzes que apenas ofuscam a realidade, e maravilhados não conseguimos ver. O espírito do Natal passa também por não calar estas verdades. Talvez com um pouco de esperança e atitude estas realidades mudem. Vale à pena rezar por isso!
A presença de Cristo irrompe nas trevas do mundo, do demônio e da carne para mostrar-nos que é o caminho a se seguir. Com sua luz nos mostra a verdade de nossa existência. Cristo é a vida que renova a natureza caída do homem e da natureza. O Natal deverá celebrar essa presença renovadora de Cristo que vem salvar cada um de nós.

Um comentário:

  1. É sempre desesperador ver as reportagens nos jornais, os acréscimos nas vendas, as novidades do mercado... a flutuação nas ondas que a maioria de nós se permite. Que saibamos a cada dia dizer não a esse mundo 'moderno', dos luxos e lixos desnecessários, vendidos quando o mercado produz propagenda!

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