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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ócio, a oficina do diabo

“mente vazia é oficina do diabo” Adágio popular

Essa frase provavelmente foi proferida por algum senhor de café, um barão talvez, em referência há negros do cafezal que boicotavam serviços e instrumentos, ou seja, resistência a escravidão. Ou, numa linguagem marxista, por ser “uma idéia dominante, foi criada por uma classe dominante”. É algo que evidentemente se encaixa melhor na concepção marxista, pois a idéia é que se ocupe o corpo e a mente com tarefas de esforço físico e evite a reflexão.

Aristóteles já dizia que a política, e o poder de tomar decisões não são tarefas para filósofos, ou intelectuais, estes devem se preocupar apenas com o pensamento, e certas situações no âmbito teórico. É bastante compreensível, visto que o poder exige resposta rápida e eficiente sem a possibilidade da reflexão, e a reflexão por sua vez tem seu tempo próprio para amadurecimento – vendo assim, as decisões políticas são tentativas em busca do melhor.

Voltando a questão do ócio. Idéias assim só se perpetuam por vivermos numa sociedade egoísta, e totalmente alheia a situação dominante, ou seja, a lógica do capital. Pra situação dominante é um inferno o ato da sua reflexão, pois refletir é a possibilidade de abrir caminhos e mudar a situação atual – e isso não é interessante.

Confesso que minha cabeça anda uma verdadeira república de demônios ultimamente, pois descobri que amo o ócio – vejo a possibilidade de não pronunciar mais frases assim “eu prefiro vim trabalhar, num tenho nada pra fazer em casa”, isso é a verdadeira redução da condição humana, integridade ao simples ato do trabalho, recorro a Marx novamente, agora para encerrar, existem “pessoas que só são, enquanto trabalham”.

domingo, 25 de abril de 2010

BRASÍLIA: SONHO E PESADELO

Brasília nasce no horizonte do planalto central, que numa topografia plana e hidrográfica coloca em contraste, as árvores de folhas grossas e troncos retorcidos do cerrado, com as linhas leves e sutis de Oscar Niemeyer. O choque entre curvas sinuosas de concreto sutil, e poético, e a poeira que o vento levanta é inevitável. Brasília representa um sonho da necessidade brasileira de uma nova capital, plana em igualdade e direitos, mas significa inversamente um pesadelo para aqueles que molharam com suor o cimento que virou o pilar central do palácio da Alvorada

Na comemoração dos cinqüenta anos de Brasília não faltam elogios à capital federal, de fato, Brasília simboliza a realização de um sonho político nacional, um marco na história de um que país que busca planejamento interno e posição internacional. A ocupação da região Centro-Oeste brasileira no planalto central e uma significativa descentralização do poder político das regiões sul e sudeste.

Nas palavras de Niemeyer e de Lúcio Costa, que são significativamente os responsáveis pela construção de Brasília, a capital federal seria um lugar de igualdade entre, funcionários públicos administrativos, parlamentares e os respectivos trabalhadores. Lucio Costa pensou assim na idealização do plano piloto, e não era utópico, visto que nos primeiros anos da construção assim conviviam arquitetos, engenheiros e urbanistas. As asas sul e norte era o equilíbrio deste sonho chamado Brasília, sonho sustentado por trabalhadores brasileiros.

Infelizmente o destino não reservou nenhuma das asas do plano piloto aos trabalhadores que se abrigaram no encosto da cidade, vulgo “cidades satélites”. A historia de Brasília é também uma história de negligência e indiferença com o ser humano. Brasília representa a vergonha e a frustração de um ideal que reservava sol a todos os cidadãos, representa ainda a ingratidão e a in-receptividade de um anfitrião egoísta que á alguns deu céu e a outros apenas poeira.

A construção da capital evidencia o progresso civilizatório da humanidade, mas coloca em questão o progresso moral humano. Afinal há um progresso no desenvolvimento moral do homem?
O Brasil é feito de mãos que contribuem para o desenvolvimento, mãos de Juscelino Kubitschek, de intelectuais e de trabalhadores, mas sempre há que fica a ver navios.

Brasília não é somente céu azul, cidade de ruas largas e limpas, para alguns é ausência de céu e de perspectiva de vida. Há um mundo de abandono onde gera violência e repressão que é fruto deste sonho “egoísta” e mal planejado. E não me referi ao cenário político representado na capital federal, visto que a vergonha política não é de todos os brasileiros, Brasília neste sentido é apenas um palco. Pois então, que olhemos as noticias a partir de uma visão periférica, pois a verdade que surge do centro é construída conforme os interesses.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

LUTAS SIMBÓLICAS

Há uma série de confrontos e acontecimentos que não representa necessariamente uma guerra material entre dois antagonistas, mas são lutas individuais que envolvem ideologia e princípios. No caminho da construção do caráter humano existem evidentemente pedras que nos colocam em situações pouco cômodas, ou melhor, coisas que afetam nossos princípios e no que acreditamos. A resistência é a arma de muitas lutas, logo, é comum encontrar alguém que não toma Coca Cola, não come Mc Donald´s, não vê filmes em cinema, não lê Best Seler´s e nem Veja e etc. São várias as manifestações de resistências, e creio que todas são válidas, desde que se tenha realmente um princípio por trás, ou então será, só mais um ato ecologicamente correto, pra manter as aparências.

A minha resistência atual é contra alguns meios de comunicação que decidi por restringir da minha agenda e do meu precioso tempo. São eles os poderosos Orkut e Messenger, vulgo (MSN). Eu confesso que levei certo tempo para me amadurecer de tal idéia, mas fiquei convicto que vivemos tempo de profunda aparência e perda dos laços afetivos verdadeiros. Nunca tivemos na história da humanidade tantos meios de comunicação, e nunca comunicamos tão pouco quanto hoje, há algo que nos liga e nos mantêm separados um dos outros, isso é incrível. Não se trata de nenhuma retaliação ao progresso tecnológico da humanidade (sempre tem aqueles que falam besteiras, ah então você vai viver numa casa sem chuveiro, sem luz, sem TV, sem internet e etc.), o que seria grande contradição, pois uso um meio não gestual de me comunicar agora.

O Orkut é um site de relacionamento surgido se não me engano no decorrer de 2005. Veio com a proposta de aproximar as pessoas. Eu só passei a ter Orkut exatamente no dia quinze de Outubro de 2007, depois de uma viajem conheci pessoas e resolvi conhecê-las posteriormente, o meio foi o Orkut, já não tinha antes por puro preconceito. Neste mesmo período eu passei a ter Messenger, aderi ao pacote inteiro. Hoje vejo tais meios de contato a partir de outro prisma. Eles são meios de comunicações, podem ser bons se bem usados, o problema é que geralmente vicia as pessoas e sustenta coisas que não existem.

Cheguei a tal consenso depois de certas situações pessoais, desconfortantes pra ser sincero e me vi às vezes diante do computador e meus 270....e alguns “amigos” sem poder olhar pra nenhum, foi deprimente. Talvez meu problema seja resolvido com alguns comprimidos, ou não. Não me faz sentido às vezes ter contato com pessoas e não ter ao mesmo tempo, é ininteligível algo assim. Não faz sentido receber recados artificiais, e depois ver o indivíduo pessoalmente e ele não me cumprimentar. Não me faz bem ver tantas frases idiotas de slogan, e ver que não combina com tal indivíduo e que ele mal sabe a que se refere. É incompatível alguém escrever L U T O de slogan, e atualizar fotos de sunga no clube, veja a que ponto chegamos, sensacionalismos nossos sentimentos mais fúnebres.

Não serei hipócrita, considero coisas importantes no Orkut e Messenger e desfruto às vezes (falo com meus parentes em Iporá e outras cidades, e minha prima na Bélgica), minha prima da Bélgica já chegou e só nos vimos quatro meses depois, viu só. A vida nos sites de relacionamentos não se expressa como ela é, e sim como queremos que seja. As melhores fotos, dos melhores lugares e mais felizes. É o ego que vive, não é a realidade, não são os contrates e as injurias que nos cercam no dia a dia. É de se pensar, pois se me mostro de tal modo, as vezes e vontade de sê-lo, sinal que não sou assim. Reflitamo-nos.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Não se calam a voz dos Profetas! MAS se calarem, as pedras falarão!

Existe um Cristo abandonado, debaixo dos viadutos. Um Cristo que clama por um novo modelo de consciência entre nós, os seres humanos...

Era mais ou menos isso que trazia o poema O Cristo do ex Padre Edvar Bispo de Jesus... uma vez tive acesso ao poema, trabalhei-o e nunca mais vi!

Eis que a essência é a visão de Cristo no rosto de cada ser humano, no rosto de cada um, fazendo questão principalmente de lembrar que este Cristo apresenta-se para nós ainda mais nos que residem nos barracos (com risco de ruirem, em cima dos morros e encostas), nos que vivem nas ruas, mendigando dignidade, alimento, vestuário, moradia, saúde, qualidade de Vida... VIDA!

Existe um Cristo nos que estão se acabando no crack, nos que estão violentando pessoas e ainda nos que matam! Existe um Cristo até nos que fazem leis que atentam à Vida destes outros Cristos e nos que estão aí para que sejam cumpridas e oferecer segurança aos demais Cristos...

Mas hoje, quando abri a página inicial de meu e-mail, lá estava... Em letras garrafais e espantosas o atentado ao qual o Cristo sofreu!!! Enfim, começaram a perceber que Cristo precisa ser visto! Precisa ser cuidado! Ahhhhhhhhhh, antes fosse! O Cristo que sofreu um atentado, não foram os seis garotos de Brasília ou o 'maníaco' que os violentou, tampouco outros que ainda estão desabrigados, ou que foram queimados nas ruas, ou que teve seu rosto e corpo todo pintados por alguém que tinha em mãos uma lata de spray tinta! O Cristo atentado que vem alardeando as autoridades é a ESTÁTUA do CRISTO REDENTOR! As frases "Onde está a engenheira Patrícia" e "quando os gatos saem, os ratos fazem a festa". AS 'pixações' estão sendo consideradas ato de vandalismo e escandalizando autoridades e no que me refere PASMO, o POVO!

Pasmo sim... Pasmo! Primeiro, digam o que disser, não considero como ato de vandalismo ou pixação... Ato de alto protesto! Patrícia Franco, engenheira desapareceu após um acidente de carro em 2008 e até hoje não há nada conclusivo sobre o assunto http://www.cadepatricia.com.br/principal.htm e solidarizo com a causa em nome principalmente de inúmeras famílias que perdem sem explicações seus familiares, solidarizando-me com famílias do meu próprio Bairro Goiá, do Goiânia Viva, Pq. Industrial João Braz, Conjunto Vera Cruz, Jd. Novo Mundo, Jd. Nova Esperança, Jd. Itaipu, Real Conquista, Jd. Curitiba, Setor Pedro Ludovico entre tantos outros que tenho notícias de desaparecimentos, assassinatos e todos mais tipos de barbáries que ouvimos e vemos (e que para mim nunca deixam de ser bárbaras e estranhas e perplexificantes) e incluindo aqui as famílias de Flavio Augusto, Paulo Vitor, Márcio Luiz, Diego Alves, Divino Luiz e Jorge Rabelo identificados e reduzidos no país como simplesmente os desaparecidos de Luziânia. ESCREVER no Cristo 'onde está a engenheira Patrícia' na minha cabeça soa, AUTORIDADES onde estão os desaparecidos? Inclusive aqueles em que os grandes meios de comunicação de massa não noticiam ou não insistem em dizer mais, como se parecesse resolvido?! Ver ESCRITO no Cristo 'onde está a engenhiera Patrícia' é como se eu lesse 'onde está Fábio Costa de Lima (21 anos desaparecido após trabalho ostensivo da ROTAM em Goiânia e que foi visto sendo obrigado a entrar no camburão em 2006), onde está Murilo Soares Rodrigues (desaparecido em 22 de abril de 2005 também quando a Rotam imediava a Vila Brasília, Murilo tinha 12 anos) e tantos outros desaparecidos em tantas outras abordagens policiais ou não...
Ver ESCRITO no Cristo 'onde está Patrícia' é pra mim um grito de onde estão todos os desaparecidos que as autoridades pouco procuram...

O que ainda dói em tudo isso é a mobilização do Estado para encontrar quem foi que ESCREVEU as frases e puní-lo, há uma força tarefa para encontrar...
EStou aqui matutando, acredito que esse tenha sido um grande momento na vida daquele Cristo de Pedra... Sem dizer nada, ele acabou denunciando algo! Pensando bem, autoridades que se cuidem mesmo, a coisa tá tão errada, que até o CRISTO DE PEDRA denuncia o sistema! CRUCIFIQUEM-NO!

GATOS, CUIDADO! Quando saírem faremos a festa!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

L U T O !

O insuportável não é só a dor, mas a falta de sentido da dor
E mais ainda. A dor da falta de sentido.
(Nietzsche)

Minha manhã de segunda feira (depois de um lindo fim de semana, por sinal) infelizmente foi fúnebre. Ao despertar-me com o som da TV ouvi ao longe noticias sobre os jovens desaparecidos de Luziânia, e como qualquer indivíduo que possui coração, fiquei muito triste e porque não dizer indignado com tamanha violência em proporção tão grande.
Não me surpreende a maneira do agir humano “Nada do que é humano me assusta”, mas me revolta a ineficácia, inegligência, e incompetência dos órgãos públicos responsáveis pela segurança. Tal barbárie amedronta a sociedade e não poderia ser diferente, pois há coisas que transgridem o conceito universal de humanidade, por isso todos se revoltam porque se sentem feridos também. Compartilhemos neste momento a dor sentida por estas mães, peçamos que seja feita a justiça, e que todos os jovens encontrem se com o Cristo que nos deu a vida, e participamos de sua ressurreição pelo batismo e pela eucaristia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

W A N T E D

ATENÇÃO: sociedade e população brasileira, ele esta a solta, e é bom ter cuidado porque agora não é somente prejudicial à saúde, mas pode prejudicar também o bolso do cidadão. Ele gosta de água parada, limpa ou suja, esta presente nas calhas, caixas d´águas, latinhas de cerveja, refrigerante etc. Tem água ele ta presente. AEDES AEGYPT, vulgo “mosquito da dengue” é o nome do indivíduo que tira o sono de todo mundo, sempre que chega o verão nos trópicos brasileiros.
Não é preciso nenhum grande plano estratégico para acabar com o inimigo, ainda mais se tratando de um mosquito, só eliminar a água parada. O Brasil é o lugar ideal e tem se mostrado perfeito para a sobrevivência do mosquito da dengue que é proveniente da África.
Mas o tal mosquito vem causando grandes dores de cabeça a população brasileira e aos órgãos responsáveis pelo combate do mosquito. É grande o numero de pessoas contaminadas pela dengue em todo o Brasil, e em alguns casos já é considerado uma epidemia pela quantidade de infestação.
As autoridades em Goiânia diante da crescente quantidade de infestação do mosquito, e da ineficiência no combate do mosquito, resolveram votar uma lei que prevê multa a quem não cuidar do próprio quintal. A princípio parece ser justa tal lei, pois penaliza os irresponsáveis. Mas não é. Estou convicto que essas coisas acontecem em nosso país porque a maioria dos políticos brasileiros não tem interesse de ter uma sociedade consciente dos seus direitos e deveres, sociais e civis.
Essa lei de aprovação de multa contra os omissos a dengue revela a falta de integração entre a política dos órgãos públicos e a comunidade goianiense. É a cara da política burocrática que transfere a responsabilidade somente ao cidadão. Verdade que todos devem contribuir para a não ploriferação do mosquito, mas se a sociedade é omissa em parte é por causa do modelo de política não democrática brasileira. O ser cidadão neste modelo social restringe-se a votar. Estamos acostumados a pensar que os representantes são responsáveis em resolver nossos problemas, e de fato são, mas olha só o que acontece!!
Mas há uma predominância de um pensamento Homersiano “Homer Simpson” de que os políticos são eleitos para pensar por nós, e infelizmente a maioria dos políticos mantêm esta convicção também, olha só o que eles preparam para nós. Agora me diga isso é resolver algo? Isto é correr da responsabilidade de criar mecanismos e políticas que resolvam o problema que é social.
Os problemas geralmente não acabam neles mesmos, pois o maior problema não pegar o mosquito da dengue, mas é submeter-se a sistema único de saúde. Não basta estar com dor de cabeça, febre, dor no corpo, náuseas, vômito, ainda precisa ficar de plantão por, três, quatro, cinco, e ouvi na televisão ate sete horas de espera. Enfim a espera já constitui mais um sintoma da dengue, e pré-diagnosticado. O medo da dengue é subjetivo, não é pela dengue em si, mas pelo sistema de saúde.
A dengue pra mim é a mais presente ilustração da falta de consciência humana, de higiene com o ambiente público e familiar. Falta de entendimento político e social, pelo caos do sistema de saúde. E de prepotência e fragilidade humana, é só um mosquito. Não é preciso de armas, rifles e nem de aviões para cuidar do problema, só é preciso consciência.